Ao tomar conhecimento de que os seus escritos faziam parte integrante da programação escolar, Fernando não deixou de sentir satisfação e orgulho pelo reconhecimento que o país lhe reservou, mas, por outro lado, sabendo da complexidade do seu Uni-Verso literário, preocupou-o o facto de este poder ser de difícil compreensão para os jovens aprendizes, alguns deles, quiçá, pouco receptivos ao fenómeno das letras em forma de poesia.
Decidiu então — contrariando o seu espírito reservado — deslocar-se, em Pessoa, à nossa Escola, com o intuito de ler alguns dos 'seus' poemas, outros do Álvaro de Campos, Alberto Caeiro e Ricardo Reis, interligando-os com diversas explicações e curiosidades, desvendando os mistérios da sua heteronímia, concluindo finalmente que levou a sua vida desenvolvendo ideias, algumas até semelhantes, usando as diversas 'vozes' que concebera, ao dispor da sua obra.
Um espectáculo divertido e essencial na compreensão deste poeta, a quem José Nobre (do TAS) emprestará a voz e a expressão, amanhã, num encontro com os alunos do 12º ano.
Requisição de Cacifos 2024/2025
